sexta-feira, 9 de março de 2012


Amor.
Essa força que nasce como o vento, e como ele vive até a morte chegar...
Às vezes é vento que segue como brisa palmeando as flores,
tocando numa leve sinfonia as teclas de um piano raro.
Se fazendo presente sem se fazer notar.
A se doar mais que a desejar.
Fluindo como chuva sobre o solo ávido, a terra à fertilizar.
A outra face é vendaval.
É vento que carrega o céu,pisoteia o chão.
Ao mar, presenteia ondas rumo ao litoral.
Corre como um raio incendiando o azul.
Do norte ele rasga a paz em direção ao sul.
Atravessa a plantação em grave sinfonia.
Explode em tons negris as matizes do dia.
É ira no coração,é furacão.
É amor, ao inconstante,o nome que se dá.
Se não for, outro nome não há.
E nada encontro que esclareça enfim.
Como sei que se chegou a mim.
Pois se o vejo, não reconheço.
Se reconheço, não o entendo.
Se o entendo, me ponho a duvidar.
Então volto a procurar, procurar...

 Viviane B. Pinheiro

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