sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013



ANA

Ah, Ana!
Que esconde este teu sorriso
de canto de boca
e este sua imaginação atrevida?

Às vezes te pego distante
tão ausente
distraída!

Sei de sua meninice
tão arteira
tão bandida!

Não me convence
este teu olhar de santa
nem é benta a sua 
bebida!

Me corrompe
com suas dissimuladas
desculpas esfarrapadas
descabidas...

De ti, Ana,
estou vacinada
precavida!

Esta sua meninice
é fruto do seu sabor:
Ardida!

Exagera na imaginação
e nem me convida!

Teus traços
não negam sua marca
sua rebeldia!

Mas eu vou
confessar-lhe um segredo
inconfessável na 
sacristia:

eu daria tudo na vida
pra ser Ana por 
um dia!

(Mell Glitter)

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