domingo, 17 de fevereiro de 2013



Você prometeu que estaria
 no outro trapézio
quando eu soltasse o meu,
não prometeu?
Por isso eu balançava de olhos fechados.

Sem medo.
Por isso eu ficava de cabeça pra baixo
nesse pedaço de madeira suspenso 
por duas cordas.
Você garantiu que me seguraria pelos dois punhos
e me levaria para o outro lado.
Que haveria alguém no fim do meu salto.
Você juntou os pés e jurou
que não me deixaria cair nesse número sem rede.
Com a cara no picadeiro.
Foi por acreditar em você que gasto mais 
uma das minhas vidas.
Morro mais uma vez pela 
sua ausência.

Eduardo Baszczyn

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