Poucos me sabem.
Meus passos são tímidos e minha voz quase não diz.
Por amante das miudezas, tenho o apreço da insignificância.
Complicada e solitária, eis que preservo meus detalhes.
Sou duas décadas antes da que nasci e antecedo três da que vivo.
Tenho sentido como é dificil se integrar ao que não me cabe.
Que presente é esse que me impuseram?
Em que futuro me alicerçarei?
Que passado me persegue?
Sou a desfiguração atual,
Meus passos são tímidos e minha voz quase não diz.
Por amante das miudezas, tenho o apreço da insignificância.
Complicada e solitária, eis que preservo meus detalhes.
Sou duas décadas antes da que nasci e antecedo três da que vivo.
Tenho sentido como é dificil se integrar ao que não me cabe.
Que presente é esse que me impuseram?
Em que futuro me alicerçarei?
Que passado me persegue?
Sou a desfiguração atual,
que aguarda desesperadamente uma explicação coerente
á minha efêmera espécie.
Encontrarei enfim um convívio?
Encontrarei enfim um convívio?
Poderei Senhor, me reconhecer com naturalidade aonde estou?
Tenho sofrido demais com essa vida,
Tenho sofrido demais com essa vida,
incompreendida pela percepção conservadora e anti-promiscua.
Eu assim, quero ser só.
Quero ser tímida.
Eu assim, quero ser só.
Quero ser tímida.
Distante da epidêmica materialista.
Quero continuar sendo esse bicho,
Quero continuar sendo esse bicho,
enjaulada pelos principios,
mas altiva a minha exclusividade.
(Patrícia Vicensotti)
(Patrícia Vicensotti)
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