sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada.
 O que mais me deteve, do que pensei,
 era assim: a perda do amor é igual à perda da morte.
 Só que dói mais.
 Quando morre alguém que você ama,
 você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal.
 Quando você perde alguém que você ama,
 e esse amor – essa pessoa – continua vivo(a),
 há então uma morte anormal.

 Caio Fernando Abreu

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