Sinto em meu corpo sua língua.
Que me arde como se fosse
um chicote de fogo.
E mesmo que eu não queira
me induz a jogar o seu jogo.
Me entorpece os sentidos,
abafa-me os gemidos
até provocar o meu gozo.
Que poder é esse?
Que sedução devassa,
é essa que sinto sempre que você
me abraça?
Só de lhe ver me arrepia a pele,
em choques térmicos.
E me rendo pacífica aos seus
desejos hipotéticos.
Me excita e me choca a sua ousadia.
Mas sempre mais e mais,
como num crescendo,
embarco na sua fantasia.
E quando entregue aos nossos
devaneios sentindo em meu corpo
os seus meneios,
nada mais importa.
Abrimos do desejo as portas,
simplesmente porque você é meu homem
e eu... sou sua mulher...
(Asta Vonzodas)
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