A BRUXA
Tu andas de alma em alma errando, errando,
como de santuário em santuário.
És o secreto e místico templário.
As almas, em silêncio, contemplando.
As almas, em silêncio, contemplando.
Não sei que de harpas há em ti vibrando, que sons de peregrino estradivário.
Que lembras reverências de sacrário, e de vozes celestes murmurando.
Que lembras reverências de sacrário, e de vozes celestes murmurando.
Mas sei que de alma em alma andas perdido,
atrás de um belo mundo indefinido.
De silêncio, de Amor, de Maravilha.
atrás de um belo mundo indefinido.
De silêncio, de Amor, de Maravilha.
Vai! Sonhador das nobres reverências!
A alma da Fé tem dessas florescências,
mesmo da Morte ressuscita e brilha!
A alma da Fé tem dessas florescências,
mesmo da Morte ressuscita e brilha!
Carlos Drummond de Andrade
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