Durante tempos, escrevi neste espaço para auto-definição,
frases alheias que, ou tentavam me definir,
ou significavam algum sentimento momentâneo.
Possivelmente porque nem eu mesmo soubesse quem sou.
Hoje certo que ainda não descobri a resposta em sua integralidade,
me arrisco a dizer que sou alguém sempre em busca.
Busco a felicidade em todos os dias,
sou uma criança grande.
Um menino que adora brincar e que não dispensa o chocolate.
Sou um homem que tenta manter um equilíbrio entre o racional e o passional.
Brinco quando posso, ajo com seriedade quando devo.
De vez em quando não resisto e pulo, grito, dou risada.
Eu não canto muito bem, nem danço muito bem.
Mas canto e danço, conforme a música,
inclusive, acho que escrevo até melhor do que falo, mas falo mais que escrevo.
As vezes falo sem pensar, em outras penso sem falar.
E neste misto de sensações, procuro seguir a minha,
e tão somente minha verdade.
Posso parecer inconstante; mas é uma inconstância minha,
com erros e acertos meus, por méritos ou deméritos próprios.
Sem transferir culpa; nem aceitar a culpa dos outros.
Tento enfrentar tudo o que a vida me ocasiona,
sem guardar arrependimentos ou colecionar desistências por preguiça e medo
de sobressair ao que me é imposto.
Bem verdade que ninguém ensina a viver, mas pode-se observar bastante.
Acredito em escolhas e em palavras.
As escolhas definem a nossa vida e as palavras modificam até as pessoas,
dependendo claro, de onde elas venham e como sejam ditas.
Acredito nas pessoas.
Pessoas corajosas que escolhem e que decidem,
pessoas que saem de cima do muro.
O mais sensato a se dizer é que eu sou o reflexo do que eu fui,
às coisas que aprendi com as pessoas que passaram ou ficaram na minha vida.
Algumas se foram, outras estão, muitas vão sair, outras nem vão entrar,
mas as especiais sempre estarão guardadas no lugar da verdade absoluta.
Admiro tulipas, mas escolho sempre rosas.
Gosto da chuva, mas prefiro o sol.
Contemplo o dia, mas me fascino com a noite.
Hum... som, muito som sempre,
mas nenhum melhor do que o silencioso pulsar do meu coração,
na madrugada, enquanto tudo está quieto, enquanto penso.
Sempre tenho pressa.
Porque agora é sempre o melhor momento.
Uma vez alguém disse que definir-se é limitar-se.
E por ser assim, por me considerar uma pessoa em constantes
e intermináveis mudanças, aprendizagens, e construções,
não faria sentido esta definição acabar num ponto final.
Ela acaba com reticências, aguardando o próximo capítulo à ser escrito
entre virgulas exclamações...
Arnaldo Batista de Oliveira
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