terça-feira, 1 de novembro de 2011

VÍCIO DA ALMA

Eu sou a flor embebida de orvalho, a inquietude que alimenta a serenidade,
aquele que parte e deixa saudade,
e aquele que fica depois da partida,
eu sou a palavra que falta daquilo que não têm palavras,
o caminho mais curto de uma estrada sem fim,
o que há de mais doce no sorrir de uma lágrima,
eu sou a dor mais nobre do querer,
o silêncio absoluto que todos querem ouvir,
a fronteira imaginária entre o ser e o sentir,
e eu sou a doença disfarçada de cura,
o impulso necessário do salto,
o espaço preenchido entre os olhares,
e o vício mais íntimo da alma.
Eu sou o amor ...

(Marcelo Roque)

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