sexta-feira, 30 de março de 2012


E então ficamos os dois em silêncio,
tão quietos como dois pássaros na sombra,
recolhidos ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite,
dois caminhos que se juntam num mesmo caminho...
Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso,
e a quietude tamanha que qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...
Nada há mais a dizer,
depois que as próprias mãos silenciaram seus carinhos...


J. G. de Araújo Jorge

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