sábado, 31 de março de 2012

“O amor mais contundente é o que não precisa ser visto para existir.
E continuará sendo feito apesar de não ser reparado.
O amor real é secreto.
É conservar um pouco de amor platônico dentro do amor correspondido.
É reservar as gavetas do armário mais acessíveis para as roupas dela,
é deixar que sua mulher tome a última fatia da pizza que você mais gosta,
é separar as roupas de noite para não acordá-la de manhã.
E nunca falar que isso aconteceu. E não jogar na cara qualquer ação.
É não se vangloriar das próprias delicadezas.
Buscá-la no trabalho é o equivalente a oferecer um par de brilhantes.
 Esperá-la com comida pronta é o equivalente a acolhê-la
com um buquê de rosas vermelhas.
São demonstrações sutis, que não dá para contar para os outros,
mas que contam muito na hora de acordar para
enfrentar a vida.”

(Fabrício Carpinejar)

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