quarta-feira, 25 de julho de 2012

Para que sejamos necessários

Na fragilidade de um momento escrito pelo tempo sem tempo,
abri estradas de sentimentos
que te deixei percorrer...
Partilhámos viagens,
segredos,
mistérios...
A tua língua percorreu o caminho dos meus abraços,
a tua ansiedade desceu à minha fragilidade
e, arrepiados,
excitados,
tocámos a mesma melodia,
saciámos a avidez dos corpos que se queriam,
em prazeres descobertos...
Quando as tuas mãos,
tocando a minha paixão,
me abriam num soluço,
eu voava
numa leveza de sentidos decifrados!
Mas, para lá do teu peito,
extinguiu-se a luz!
Escureci nesta minha noite fria...
O frio da desilusão assobia nas minhas entranhas...
As lágrimas gelam
e congelam-me a alma!
Já não estás aí,
já não és,
ou nunca foste,
aquele que no sonho eu criei!

(Goreti Dias)

 

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