Desperta-me de noite
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito.
É rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas.
A trégua
a entrega
o disfarce.
E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lençol que desfazes.
Desperta-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo.
E eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vai descobrindo vales.
(Maria Teresa Horta)
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito.
É rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas.
A trégua
a entrega
o disfarce.
E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lençol que desfazes.
Desperta-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo.
E eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vai descobrindo vales.
(Maria Teresa Horta)
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