sexta-feira, 23 de março de 2012


Deixa-me amar-te com ternura,
tanto que nossas solidões se unam,
e cada um falando em sua margem possa escutar
o próprio canto.

Deixa-me amar-te com loucura,
ambos cavalgando mares impossíveis
em frágeis barcos e insuficientes velas,
pois disso se fará a nossa voz.

Ajuda-me a amar-te sem receio:
a solidão é um campo muito vasto que não se deve
atravessar a sós.

-Lya Luft-

Nenhum comentário:

Postar um comentário