segunda-feira, 30 de abril de 2012


Eu cantaria mesmo que tu não existisses,
faria amor, assim, com as palavras...
Eu cantaria mesmo que tu não existisses porque haveria de 
doer-me a tua ausência.
Por isso canto. 
Alegre ou triste, canto.
Como se, cantando, tocasse a tua boca, ainda antes da
 tua presença...
Eu cantaria mesmo que tu não existisses,
ó minha amiga, 
doce companheira.
Eu festejo o teu corpo como um rio,
onde, exausto, chegarei ao mar...
Sim, eu cantaria mesmo que tu não existisses,
porque nada eu direi sem o teu nome.
Porque nada existe além da tua vida,
da tua pele macia, 
dos teus olhos magoados.
Assim quero cantar-te, meu amor, para além de tudo.
Eternamente...
.
-Joaquim Pessoa-

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