Dentro de mim às vezes resiste uma doçura diminuta
que só alimenta horas importantes,
que escreve coisas importantes,
e traduz-se irrelevante.
E aprendi a gostar de todas as coisas curtas
e aparentemente insignificantes porque não me perco de vista,
porque nelas toco sozinha a intimidade do mundo às escondidas
e gero incômodos.
Dentro de todas as coisas simples e esquisitas
há um sentido impossível que me deixa razoavelmente distraída,
infinita e preenchível.
Só sou profunda quando estou incomum,
repleta de humanidade,
com atenção suficiente.
Excesso de possíveis torna-me frequente,
meu fluxo (es)corre para além de.
Priscila Rôde
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