terça-feira, 30 de outubro de 2012

Levada no canto,
jogada no centro de um furacão,
sou parte da tempestade
a essência da delicadeza no fogo do dragão que ora teima, 
ora arde e reparte,
corpo é arte em ebulição,
vulcão que alarda o silêncio,
sou levada sem direção, 
de repente,
atravesso quente feito bala, 
sou um tiro a queima roupa, 
acerto o impreciso tudo está escrito no não-dito,
nas ideias que me visto,
na contramão do pensamento ou no instante desatento
em que o pensar vira poesia
e o poeta é, sem saber ser o eternizador de uma faísca bela, 
que desliza no ar
até se apagar e dizer
tudo que precisa.

Cáh Morandi, Marisa Vieira & Priscila Rôde

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