quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quase avesso 

Ele era quase o avesso... 
Ela sorria, ele olhava, de canto.
 Entre eles tudo era mais difícil, 
enquanto ela silenciava, ele gritava... 
Ela falava, 
ele emudecia, atento, felino. 
Eram de gestos lentos e ataques rápidos, 
palavras, sorrisos e cumplicidade. 
Quando os músculos retesavam, lábios tremiam... 
Olhos fixavam, 
corpos enlouqueciam. 
Mesmo assim, receosa, pegava a mão,  
beijava-as e dizia, quase num sussurro...
 - Tudo vai ficar bem !! 
Confia. nesse momento, 
íntimo e único... 
Não existiam desavenças, nem atritos.
 Não eram "avesso"... 
Eram, assim, um do outro. 

Ana €!¡sa

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